Título Original: Prodigy
Páginas: 304
Autor: Marie Lu
Editora: Rocco
Tempo de leitura: Três Dias
Nota: 
Heey !
Há tempos queria continuar lendo a Trilogia Legend (para ler a resenha do primeiro livro, Legend, clique aqui) e por fim consegui uma promoção na Submarino onde comprei os dois últimos, Prodigy e Champion, por um preço bem legal. Então se está na dúvida se deve continuar a leitura confira:
Prodigy - Considerada pelo público e pela crítica internacional uma das melhores sagas de distopia já publicadas, a trilogia Legend, da chinesa radicada nos EUA Marie Lu, conquistou leitores de diversas partes do mundo ao acompanhar o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora. Depois de descobrir, no primeiro livro da série, as medidas extremas que o governo da República é capaz de adotar para proteger alguns segredos, no segundo volume da saga, Prodigy, June e Day assumem a tarefa de assassinar o novo líder político da nação. Mas será que este é o melhor caminho de levar a cabo uma revolução e dar voz ao povo da República?
Outras capas:
O que me faz amar distopias mais que qualquer outro gênero é o fato de que o amor fica sempre em segundo plano entre as personagens. Marie Lu faz isso com tanta destreza com June e Day que chega a impressionar, ambos tem aquele amor ardente porém a autora nunca dá tempo suficiente para o amor definitivamente surgir.
Imagino que se algum dia lançarem o filme de Legend/Prodigy os atores terão que ter muita química, porque Day e June são personagens que impressionam em personalidades ímpares porém que se completam. Enquanto ela é a prodígio da República ele é o famoso ladrão. Mesmo assim juntos eles parecem ter algo, a faísca necessária, para que tudo que conhece como "mundo" ser mudado.
"A simples lembrança do seu nome me faz respirar com dificuldade. Fico quase constrangido com minha reação. June e eu somos uma boa dupla? 'Não' é a primeira palavra que me vem à cabeça. Mesmo assim..."
Em Prodigy vemos a continuação do caos feito em Legend. Day e June estão a caminho de Las Vegas para ir ao encontro da desaparecida Tess e claro dos Patriotas (os rebeldes). Day ainda está com a perna destruída por causa do tiro que levou da Comandante, a dor de perder John (que foi executado no seu lugar) e a mãe ainda doem mais que tudo, mas ele se mantem aos seus objetivos.
Fiquei impressionada e apaixonada pela June no segundo livro, Marie Lu conseguiu não mudar nada da personagem, mesmo ela tendo "fugido" da República, a autora fez aquelas dúvidas sobre "deixa ou não a minha verdadeira casa?". Isso faz o livro parcialmente realista já que era óbvio que ela não largaria tudo por Day, ela ainda é muito fiel as coisas que foi criada.
"Sabe, às vezes eu me pergunto como seriam as coisas se eu apenas... te conhecesse um dia. Como as pessoas normais fazem. Se eu apenas andasse por você em alguma rua numa manhã ensolarada e a achasse bonita, parasse, apertasse sua mão e dissesse: "Oi, eu sou o Daniel."
Tenho que enfatizar que tive o coração cortado em vários momentos do livro, principalmente os questionamentos de Day sobre se entregar ou não a June. Eles simplesmente não percebem que são feitos um para outro. Mas a guerra não parou para eles. As mortes continuam, e o amor não é um tópico que dê para ser discutido.
As Colônias (que são mais ou menos os estados "normais") estão vencendo as guerras contra a República, embora a mentira de que o contrário acontecia tenha se espalhado, com a morte do Eleitor faz com que o filho dele assuma. Então imagine como o caos realmente se espalha como fogo.
Marie Lu surpreende com as vários (VÁRIOS MESMO) rumos que a história toma, de uma hora para outro tudo absurdamente muda. A verissimilhança com a política atual, cheio de mentiras, faz com que a tão sonhada Utopia seja desejada, não só pelos personagens, como por todos nós. Faz até pensarmos que a Distopia pode acontecer no mundo em que vivemos.
O livro é eletrizante, simplesmente fantástico. Gosto de quando o segundo livro é tão bom quanto o primeiro, o que geralmente é difícil as vezes os segundos livros nunca são tão bons quanto os primeiros. As reviravoltas dadas por Marie Lu vão fazer seu coração saltar da boca e querer desesperadamente ler Champion.
A leitura do próximo já foi iniciada e não vejo a hora de fazer a resenha para vocês. Até !
Próximo Livro: Champion
