Título Original: The Kiss Of Deception
Autor(a): Mary E. Pearson
Editora: Darkside Books
Páginas: 406
Gênero: Jovem Adulto (YA), Fantasia.
Nota:






Heeey !


Quando esse livro lançou na gringa eu logo tratei de adquirir o e-book, mas por falta de tempo não li e fiquei muito feliz quando descobri que a Darkside lançaria aqui no Brasil. O livro faz parte de uma trilogia (e já quero os próximos) e ao lê-lo pude me apaixonar ainda mais por esse gênero tão pouco espaço aqui no Brasil que é a fantasia. Se você amou A Seleção ou ama a Jane Austen (como já diz na própria capa do livro) The Kiss Of Deception é o livro para você!

Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro?

Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.
O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.


Outras capas:





Esse livro estava na minha lista fazia um tempo,quando comecei a lê-lo tive a impressão de que já havia lido cem páginas mas que não havia saído ainda da primeira. Isso deve ao fato de ele ser muito descritivo, não é um ponto negativo do livro, porém você vai ter essa impressão enquanto lê: leu muito mas na verdade leu só dez páginas. Eu fiquei apaixonada por essa história, tinha acabado de terminar de ler Rainha das Sombras (Trono de Vidro) e precisava de algo tão bom quanto e para minha sorte acabei encontrando. Devo acrescentar que além de uma ótima leitura o livro é lindo, a editora Darkside fez novamente um trabalho incrível. As páginas amareladas são grossas e parecem um pergaminho, vem com um mapa enorme e um poster do livro, um marca páginas personalizado, é capa dura e tem vários desenhos por dentro que são incríveis. É uma história incrível, com um livro perfeito visualmente.

A magia exposta em The Kiss Of Deception nos leva para uma outra geografia, é baseada na monarquia da idade média por isso além de ser um livro de fantasia trás muitas questões politicas envolvendo os reinos. São três reinos: Morrighan, Dalbreck e Venda. Eles são distantes um do outro tanto pela geografia quanto pelo poder, desertos, costumes diferentes. A tensão política no meio deles é interessante porque a autora escreve de uma maneira que fica fácil achar que aquilo é de fato real. Para tentar apaziguar o reino de Morrighan marca o casamento da princesa com o reino de Dalbreck e então o livro começa.

"Eu me perguntava como seria ter alguém que me conhecesse tão bem, alguém que olharia direto na minha alma, alguém cujo próprio toque eliminaria todos os meus outros pensamentos. Tentei imaginar alguém que ansiasse pelas mesmas coisas que eu e que quisesse passar o resto da minha vida comigo, e não porque isso estava em conformidade com u contrato sem amor escrito em um papel." (Páginia, 34)

A Princesa Arabella Celestine Idris Jizelia, mas que gosta de se chamar de Lia, foge no dia do seu casamento com o desconhecido príncipe de Dalbreck. Lia é uma personagem forte e embora tenha me irritado um pouco as vezes, ela faz tudo calculado e ao fugir com sua empregada, Pauline. Sendo a Primeira Filha ela deveria ser dotada de um dom que aparentemente não tem mas, Lia tem aquele ar livre e decide que não vai deixar que os pais decidam o que é melhor para ela. O mais legal é que ela não quer fugir só por causa do casamento, Lia percebe que na sua casa as coisas vão ficando estranhas e que aos poucos os pais a forçam a perder a identidade de quem é.

Lia consegue fugir e vai para longe com Pauline, elas chegam então a pequena cidade de Terravin e se abriram em uma estalagem de uma conhecida da Pauline, já que Terravin é sua cidade natal, e então as duas passam a trabalhar lá com a maternal Berdi e a misteriosa Gwyneth (da qual gostei muito). Lia deixa todas as mordomias para trás e passa a trabalhar escondida para que nada a atrapalhe. Eu tenho que admitir que a história tem seus clichês, mas sou suspeita para falar deles porque eu tenho uma enorme queda por qualquer tipo de clichê.

"Pode-se levar anos para moldar um sonho,mas é preciso apenas uma fração de segundo para despedaçá-lo" (Página, 244)

A narração é na primeira pessoa, logo temos a visão de Lia sobre tudo que acontece. Temos a narração do Príncipe e do Assassino não se irrite com isso porque você vai ficar confuso sobre quem é quem, mas a autora fez isso proposital creio eu que para que a gente se apaixonasse pelos dois sem saber qual era qual. É uma confusão deliciosa, mas me irritei um pouco porque vemos que claramente irá se transformar em um triângulo amoroso e eu ODEIO triângulos amorosos o único que eu aceito é o Will, Tessa e Jem de As Peças Infernais, porém Kaden, Rafe e Lia tem que me conquistar para que eu os ame também.

Atrás de Lia tem um príncipe que quer conhecê-la e e o assassino que quer matá-la, tem também dois lindos e perfeitos garotos que me apaixonei: Kaden e Rafe. O que mais me intrigou foi o fato de que nós só sabemos qual dos dois é o príncipe e assassino no finalzinho do livro. Durante toda a leitura somos levados pela autora a nos apaixonar pelos dois. A Lia foi uma protagonista que eu gostei muito, ela é corajosa, forte, determinada e mesmo tendo seus momentos "princesinha" é impossível não gostar dela.

"[...] Era isso que eu tanto amava e tanto odiava em Rafe: ele me desafiava em tudo que eu dizia, mas também me ouvia com atenção. Ele me dava ouvidos como se todas as palavras que eu dissesse fossem importantes" (Página, 152)

A mitologia é incrível, personagens cativantes, história impecável, eu diria que é PERFEITO. Valeu apena toda a espera. Ver a magia, ver o relacionamento entre Kaden e Rafe com Lia e ver que assim como outras protagonistas fortes ela quer sim um amor, mas também quer o que é melhor para ela. Eu me apaixonei perdidamente pelo Kaden mas um pedaço do meu coração pertence ao Rafe. Se você procura magia, aventura, assassinos, perigo e amores impossíveis então encontrou o livro certo.

Conhecemos Terravin nesse livro, não muito de Morrighan ou Dalbreck mas quase no final Lia é levada para o assassino para Venda onde vai ser levada para a morte e logo sabemos que na continuação veremos mais do reino de Venda. A descrição do livro é impecável, você realmente sente que está em Terravin trabalhando junto com a Lia. Livros em primeira pessoa podem deixar a desejar na descrição mas de fato não é o caso desse livro. 



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