Título Original: Love Letters to the Dead

Páginas: 344



Autor: Ava Dellaira 


Editora: Seguinte 



Tempo de leitura: Dois Dias


Nota:  







Helloou !

Desde que a Seguinte avisou que publicaria esse livro fiquei em êxtase para lê-lo. Infelizmente nunca conseguia comprá-lo, quando tive a oportunidade de ler só via uma coisa: Foi amor a primeira vista. Então confiram:

Cartas de Amor aos Mortos - Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Outras capas:
Sabe o tipo de livro único? O que você nunca vai encontrar nada exatamente igual a ele? Foi exatamente o que senti lendo "Carta de Amor aos Mortos", é um livro de mais de trezentas páginas que parecem trinta no decorrer da leitura. Me apaixonei do inicio ao fim pela história, que por hora me lembrou As Vantagens de Ser Invisível, a semelhança acaba quando você se aprofunda na história.

Laurel recebe como lição de casa escrever uma carta para alguém que já morreu. Bem, o livro começa aí. Ela se entrega a carta aos mortos, escolhe pessoas como: Kurt Cobain, Judy GarlandAmy Winehouse e River Phoenix. Jim Morrison Janis Joplin. A partir daí conhecemos essas pessoas, não pelo que fizeram, mas sim pelo que levou elas a fazerem o que fizeram. Confuso? Um pouco.

May era irmã mais velha, e porto seguro, de Laurel. Para ela não existia nada que May pudesse fazer para desagradá-la, tudo que a irmã fazia era motivo de alegria. Ela era linda, unia a família, talentosa, incrível e Laurel... bem, ela apenas se considerava a irmã caçula sem nada de bom a acrescentar.


“Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora.”

Cada capítulo se refere a uma carta, a maioria delas - pelo que percebi - eram ao Kurt. No começo fica certo mistério sobre o que aconteceu e como foi a morte de May e o principal, porque Laurel se culpa. Não, o livro não é o tipo de livro "chorando infinitamente" ou "cortapulsos" (que a propósito li um ótimo livro chamado Willow sobre o assunto de quem se corta). 

Laurel era uma menina forte, não cortava, se drogava, ou bebia em excesso. Depois da morte de May a mãe delas se mudou para a Califórnia, os pais haviam se separado, um dos motivos que levou May a ser como se tornou, e Laurel encarou isso como um abandono. Afinal a mãe deixou ela e o pai sozinhos para sofrerem a morte deles.

Quando amamos alguém nunca vemos ela como é, e é exatamente como eu descreveria como Laurel vê May mesmo depois de seis meses a sua morte. Na escola, no baixo da tia Amy (com ela ela passava semana sim semana não), ela conheceu Hannah e Natalie que se tornaram melhores amigas. Conheceu Sky também seu amor.

Durante a leitura vemos que Laurel não consegue contar para ninguém e muito menos lidar com os fantasmas do seu passado. Se você curte livros em que os sentimentos são colocados a frente, tipicamente adolescente, vai amar esse.

“Sabe quando você acha que conhece alguém? Mais do que qualquer um no mundo? Você sabe que entende a pessoa, porque a enxerga de verdade. E então você tenta se aproximar, e ela… desaparece. Você achava que pertenciam uma à outra. Achava que ela era sua, mas não é. Você quer protegê-la, mas não pode.”

Laurel precisava colocar para fora e principalmente amadurecer, não sendo May e sim sendo ela. É um livro incrível. Um dos meus melhores do ano, sem sombra de dúvida. Se amou a escrita sensível e bem colocada de Stephen Chbosky irá adorar como Ava Delaira narra. 

Gostei tanto que mal consigo me colocar em palavras. 





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