Título Original: Battle Royale



Páginas: 663


Autor: Koushun Takami


Editora: Globo Livros


Tempo de leitura: Duas Semanas


Nota: 5/5







Heey !


Eu queria muito ler esse livro, acabei o comprando na bienal e só tenho uma coisa a dizer: Valeu cada centavo.


Depois de inspirar filmes e mangás, o cultuado, violento e controvertido clássico japonês e best-seller mundial Battle Royale ganha edição brasileira. Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami sofreu uma grande decepção. O manuscrito de seu romance de estreia havia chegado à final do Japan Grand Prix Horror Novel, concurso literário voltado para a ficção de terror, mas acabou preterido. Não era para menos. Embora habituado a tramas assustadoras, o júri se alarmou com a história do jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República da Grande Ásia Oriental.

O livro, intitulado Battle Royale, só seria lançado em 1999, espalhando um rastro de polêmica ¿ vendeu mais de 1 milhão de exemplares e foi comentado no Japão inteiro. A repercussão foi tão intensa que apenas um ano depois já eram lançadas as adaptações da história para o cinema e para os mangás ¿ mais tarde, viriam sequências tanto na tela grande como nos quadrinhos. O filme, que tem no elenco o ator e cineasta cult Takeshi Kitano, chegou ao Brasil apenas em DVD, enquanto a série em mangá completa foi publicada aqui entre 2006 e 2011.

Outras capas:


Quando comecei essa leitura achei que não iria terminar, como era de se esperar ele tem muitos nomes em japonês afinal, é uma classe de 42 alunos. Achei que não fosse conseguir gravar os nomes e me introrsar com a história. Porém, perante a isso só tenho uma coisa a dizer: FIQUEI MUITO ENVOLVIDA COM O LIVRO ~BJOS SOCIEDADE.

Pronto, me acalmei já. O livro é fantástico a quantidade de páginas é totalmente irrelevante quando começamos a ler porque é algo que lemos rápido demais. Embora o livro seja imenso a resenha não será muito grande, tratarei o livro em alguns aspectos para facilitar a leitura de vocês e para não ficar extremamente cansativo.

Por ser traduzido do japonês não sei porque diabos pensei que pudesse ser uma leitura difícil. Mas, não é. O narrador parece um amigo que está contando uma história, ele apenas conta os fatos sem complicar. Ele fala a história e as vezes (como é narrado em terceira pessoa) as personagens descritos na cena revelam suas opiniões perante a situação narrada. É um tanto engraçado.


Conforme a história vai sendo narrada o "apresentador" desta obra se preocupa em contar a história de cada um dos personagens. No primeiro momento somos apresentados aos 42 alunos do ensino fundamental. Vai contando aos poucos um pouco sobre as personagens e como eles interagem entre si.

Nesse primeiro momento temos a noção da personalidade de cada um dos alunos, o que é extremamente importante para os capítulos seguintes aquele. Ao final de cada um dos capítulos fica escrito "Resta ... Estudantes" é um pouco agoniante porque a cada capítulo que se passa o número vai diminuindo.

As narrações durante longos capítulos são focalizados no Shuya que eu tendi ser o personagem principal. Ele toca guitarra e sempre tem garotas por perto, porém ele é um rapaz bem simples e educado. Adorei ele do começo ao fim.

Os alunos acreditam estarem indo a uma excursão, ao final desse capítulo as coisas começaram a ficar estranhas um gás do sono é liberado no ônibus para que as crianças durmam até chegarem a ilha.

Eles vivem em um país totalmente totalitário denominado República da Grande Ásia Oriental, lá é proibido muitas coisas como você deve imaginar, qualquer um que se oponha ao governo é morto sem dó nem piedade. O rock é totalmente proibido assim como alguns livros, revistas, programas de TV por isso tem muito contrabando no país.

É esses "jogos" cruéis é apenas mais um divertimento para o governo e ninguém pode ir contra, quando os alunos chegam na ilha Sakamoshi o "idealizador" dos jogos os orienta dizendo que tem que matar uns aos outros e que não tem saída. Ele seria mais ou menos o Snow do Jogos Vorazes.

Falando em Jogos Vorazes devo dizer que embora o teor seja o mesmo é bem diferente, Battle Royale é mil vezes melhor, tem mais ação e violência não focando em apenas um personagem. O livro é muito violento, vale lembra que existe um filme e mangás sobre ele.

Os jogos não são livres, existem algumas regras importantes a serem seguidas. Se ninguém morrer em 24h as coleiras iram explodiram dando um "game over" no jogo e todos morrem. As coleiras são rastreadores que indicam ao Sakamoshi onde os "jogadores" estão na ilha. Não pode ligar para nenhum parente. 

Os alunos ganham uma mochila que é especificada como um kit de sobrevivência, nele contém as armas para a luta, dentro de cada um deles existe uma arma diferente: Foices, armas, metralhadoras, facões. Tudo que seja rápido em matar.

Muitos alunos como Shuya não quer participar esses jogos mas, também não deseja morrer como seu professor e seu melhor amigo que por irem contra o governo foram brutalmente assassinados. Apensar de ser um livro violento tem menos palavrões do que imaginamos, as cenas de morte são descritas minuciosamente é fantástico.

A loucura, o medo, a solidão e a falta de confiança vão fazendo que os alunos de personalidade mais fraca façam parte dos jogos e matem apenas para não morrerem primeiro, muitos tem alucinações e medos absurdos. Porém existem anos como Mitsuko e Kazuo que participam ativamente do jogo matando qualquer um.

O narrador no decorrer do livro muda seu fofo narrativo, escolhendo outros personagens para entendermos o que se passa dentro da cabeça deles e como morrem. Embora Shuya, Noriko & Shogo sejam os "principais" entendemos sobre a vida de todos os 42 alunos.

É engraçado como eu guardei tantos detalhes de um livro tão grande, não tem como explicar porque amar ou odiar esse livro. Talvez ele tenha me conquistado por ser simples e violento, mas com um propósito por trás. A crueldade de colocar alunos do ensino fundamental para se matarem poderia ser chato, mas não é.

Noriko está machucada porque tenta defender o melhor amigo de Shuya que é morto ainda na escola. Eles estão em uma ilha por tanto devem imaginar que existem casas, embarcações, hospitais, escolas, e qualquer outra coisa. Ela levou um tiro na perna mas, como o melhor amigo a amava Shuya prometeu protegê-la.

No jogo a personalidade e caráter de todos, Shuya não quer machucar os amigos mas, percebe que aquele jogo não é brincadeira e que muitos (por medo ou não) começaram a dizimar uns aos outros. 

Com a promessa de proteger Noriko eles acabam se aliando ao Shogo, um aluno que... bem, não vou contar porque é spoiler e eu fiquei bem surpresa ao descobrir isso. Porém, falando do jogo as escolas são sorteadas a cada um ou dois anos (não me recordo direito) a participarem e são obrigadas.

Como já disse milhares de vezes no decorrer do livro descobrimos mais sobre cada um dos personagens e como as pessoas fazem loucuras por medo. Eu amei o Shogo e torci por ele mas, tinha que confessar que o Shuya era a personagem perfeita. Noriko cresceu e mostrou-se muito interessante durante todo o livro.

O livro é surpreendente mal acreditei no final que fugiu das minhas expectativas, não podemos nos apegar muito a uma personagem porque o livro é bruto, não há espaço para amar (risos e lágrimas ~para sempre).

Não ficava maluca por um livro desde "A Desconstrução de Mara Dyer" (já sabemos, Miih, já sabemos que você é abilolada por esse livro e.e ~não repita) ou "Academia de Vampiros". É difícil fazer resenha sobre livros que gostei demais, porque nunca sei expressar direito o que estou sentindo, mas garanto super recomendo o livro.

Vou assistir ao filme e conto para vocês o que eu achei e quais as diferenças com o livro, a leitura é gostosa e por mais difícil que pareça é bem rápida. Se você curtiu Jogos Vorazes sem dúvida vai amar esse tipo de violência alheia existente em Battle Royale.




10 Comentários

  1. Oi, Miih! Gostei demais da sua resenha! Estou louca pra ler esse livro e quase comprei na Bienal, mas o dinheiro estava curto já haha Sério que você gosta de Academia de Vampiros também? *----* Enfim, parabéns pela resenha e pelo blog ;)

    Beijos
    Aline

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    1. Oii Aline ! Obrigado, fico feliz que tenha gostado da resenha >< , olha vale apena ler garanto que o dinheiro foi bem gasto mesmo. Sim *u* , eu amo VA é divo demais :3 Obrigado, volte sempre !

      Bjoos Miih <3

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  2. Amei! Sempre tive vontade de ler esse livro!

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  3. Livro que está há muito tempo na minha lista e eu não tomo vergonha na cara pra comprar.
    Agora entendi pq comparam tanto BR com JV, realmente a premissa é bem parecida. Agora fiquei com ainda mais vontade de ler, tanto esse como Jogos Vorazes, que é outro que eu não tomei vergonha na cara pra ler.
    Ótima resenha ^^

    Um abraço!
    http://blogvagandoedivagando.blogspot.com

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    1. Tanto Jogos Vorazes quando Battle Roayle valem a leitura, embora eu ache que BT é de longe mais legal e mais violento, gostei mais. Recomendo que leia porque é realmente muito, muito bom ><

      Bjoos Miih <3

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  4. Olá, tudo bem?
    Este é um livro que eu quero MUITO ler, e sua resenha me fez querer mais. Gostei bastante, parabéns!!!
    http://www.magisbook.blogspot.com.br/

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    1. Oii ! Leia sim, é muito bom super recomendo ><

      Bjoos Miih <3

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  5. Oi Miih~ Esse livro está na minha lista há muito tempo, mas como eu acho ele bem carinho (no mínimo uns 40 reais, o que não dá pra mim x.x) nunca comprei, nem li. Estou procurando ele em todas as bibliotecas que vou, mas tá difícil :x

    A premissa do livro e o fato de ser japonês foram o que mais me atraíram. Eu amo cultura japonesa, e pela sua descrição do livro na resenha, eu não me lembrei de Jogos Vorazes mas sim de alguns animes que eu já vi! Aliás, será que tem anime de BR? Eu já imaginava que o livro seria violento, já que os japas gostam desse estilo "gore". Achei interessante também o narrador se preocupar em falar de todos os personagens! Eu adoro personagens secundários e acho que saber da história deles também dá uma sensação diferente na leitura :) Só estou com medo de me apegar a eles 8D

    Quero muito ler esse livro. Ele parece muito bom~ Sua resenha ficou ótima, parabéns :D
    Kissu ♥ Meu Mundo

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    1. Heey Hannah ! Sim, o livro é sempre caro mas, dei sorte com o preço. Confesso que não gosto da cultura Japonesa tanto assim, mas adorei o livro. Esse estilo violento combinou demais com a leitura. O Narrador é único, você tem que ler.

      Obrigado, bjoos Mih <3

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