Título Original: Serial Killers - Louco ou Cruel?
Autor(a): Ilana Casoy
Editora: DarkSide Books
Páginas: 355
Tempo de Leitura: Quatro Dias
Nota: 






Heey !

Há tempos queria ler esse livro, como aprendiz de psicóloga ou psiquiatra adoro entender como a mente doente funciona além do mais sou fã da Ilana Casoy, acho ela incrível. Quando comprei o box da Darkside (que a propósito é maravilhoso de bonito), não pude ler mais de vagar, simplesmente devorei o livro.

A primeira parte de Louco ou Cruel? aborda os serial killers sob diversos aspectos e à luz da Criminologia, do Direito, da Psiquiatria e da Psicologia, e dedica-se a dissecar este universo, analisando como tudo começa, quem são as vítimas, os aspectos gerais e psicológicos, os mitos e as crenças, o perfil do criminoso, a psicologia investigativa, a análise do local do crime e a encenação/organização da cena.
Na segunda parte do livro, Casoy apresenta em detalhes 16 casos de serial killers que chocaram e marcaram o século XX, entre eles Albert Fish, Ed Gein, Ted Bundy, Andrei Chikatilo, Jeffrey Dahmer, Aileen Wuornos e o Zodíaco, cuja identidade segue desconhecida até hoje. Histórias que habitam as entranhas da humanidade e o que ela tem de pior: frieza, perversidade e falta de sensibilidade que acabam por produzir o mal em escalas inimagináveis.


É um pouco estranho fazer resenha de um livro que não tem uma história, mas eu resolvi fazer essa resenha porque era necessário pelo simples fato de serem relatos e arquivos fantásticos e perfeito para os fãs de Serial Killers. O livro é escrito em tal profundidade que é impossível não se sentir imerso em um verdadeiro caso policial. Por isso é necessária uma resenha, porque é incrível.

Para ler os casos mais famoso de Serial Killers é preciso primeiro entendê-los. Ilana Casoy nos dá todo um aparato para entendê-los, são usadas palavras para leigos e curiosos porque é fácil de entender o que ela diz e alguns termos mais específicos tem sempre uma nota de rodapé. 

Temos perguntas simples respondidas como por exemplo: Quem é um Serial Killer?, Quem é a Vítima? Ou Aspectos Gerais e Psicológicos. São esses pequenos tópicos que fazem nós entramos no mundo policial. Se você, assim como eu, tem pretensão de ser médica legista, psiquiatra forense vai se apaixonar por esse livro. Pensei até em cursar psicologia. 

"Minha paixão era tão grande que eu queria possuí-la. Eu queria comê-la. Se eu o fizesse, ela seria minha para todo o sempre" Issei Sagawa

Não acho que o livro nos mostre somente o lado policial dos fatos, ele tem o lado psicológico, humano e principalmente como o ser humanos chega a ser mais cruel do que qualquer um tem noção. Mostra a mente do ser humano, sim porque os Serial Killers são humanos de um jeito sádico e cruel, e como ela pode comandar e mandar fazer coisas que podem ou não estar no controle de tem comete.

Não é tão simples entender os Serial Killers, na verdade eles tem subdivisões e você pensa "Os caras da polícia investigativa são demais", o livro não é só para te dizer se eles são loucos ou cruéis, mostra como os policias agem e como a investigação deles é essencial até mesmo para que os serial killers ganhem seus filmes, sem eles nada desse grande estudo sobre loucura ou crueldade estaria em andamento.

Segundo o livro, existem poucas mulheres Serial Killers mas elas existem (E eu prontamente escrever um livro sobre elas depois de ler esse livros) e de um jeito engraçado acho que são menos cruéis que os homens todavia tem motivos mais sombrios. O mais assustador é que o Serial Killer é qualquer um, seu vizinho, seu professor e não sabemos até que a bomba exploda. Ele nunca vai ter cara de louco, vai ser incrivelmente inteligente e cruel.

"Você não pode afirmar que aprecia ou entende Picasso sem estudar suas pinturas. O projeto de trabalho de um serial killer bem-sucedido é tão cuidadoso quanto o de um pintor que planeja uma tela. Elas consideram o que fazem como uma arte" John Douglas, FBI.

O livro vai ficando ainda mais incrível quando alguns casos reais são descritos, na verdade eles são descritos como história e se você é fã do Stephen King achará a narração parecida como eu achei. Era como se eu estivesse lendo um manuscrito perdido. É impossível não sentir curiosidade ao ler casa caso, entende aquelas mentes doentes e porque fazem isso.

É uma leitura incrível com fatos reais, não tem muito o que dizer porque essa sensação de êxtase com a leitura só se encontra quando você lê o livro por conta própria. Eu já era fã do trabalho da Ilana Casoy, sou ainda mais e tenho mais certeza de que vou querer fazer coisas que envolvem o trabalho dela. Parabéns a editora e a autora, o livro é surreal.


Deixe um comentário